terça-feira, 7 de agosto de 2012

Poluição dos Canais de São Vicente e a problemática do lixo urbano.


veja imagens no google maps



















“Lixão ou Canal?”  

Lixo doméstico, entulho e resíduos em geral são descartados diariamente nos canais de forma incorreta.

A Problemática da poluição ocasionada por resíduos domésticos continua não somente na baia e estuário vicentino, mas nesse caso está associado aos canais.
O que era para ser um meio dos serviços de saneamento básico de emissão dos resíduos domésticos, hoje consideram-se um lixão em céu aberto.

Os canais de São Vicente foram construídos para suportar uma carga de emissão de resíduos domésticos em uma época em que não haviam habitações e o consumo desordenado como nos dias de hoje.

Na época de construção, a cidade obtinha cerca de 200 mil habitantes, o que com o passar dos anos, a cidade cresceu em média de 200%, ocasionando um volume de geração de resíduos bem maior do que o suportável.

Os canais passaram a ser alvo do despejo inadequado de resíduos de construção e lixo doméstico pelo fato de haver um certo hábito de descarte desses resíduos de forma espontânea, o que em muitas ocasiões a estrutura de coleta disponível não existe no local ou não suporta a demanda e volume de resíduo gerado, o que em muitas áreas, acabam acumulando e formando ilhas de lixo flutuante e entulho, ou seja, esses resíduos em grande quantidade acabam dificultando o escoamento da água e impede o fluxo do canal fazendo com que a quantidade de água aumente e muitas vezes não tendo a estrutura adequada, que seja suportável, o canal vem a encher e prejudicar mais o ambiente urbano e doméstico.

imagens: Rodrigo Brandão Azambuja

google maps

Portanto, o hábito de despejo irregular feito por indivíduos que moram na localidade e que de todo modo ignoram a importância do serviço de coleta de lixo ocasionando no final o que conhecemos como poluição diante da problemática toda que envolve os resíduos gerados pelos próprios moradores.

Os serviços de coleta de lixo em épocas passadas poderiam ser considerados precários, mas hoje, a estrutura e gastos são necessários para o município. O que não acompanha o processo de adequação e gestão dos resíduos é o modo do descarte inadequado e incorreto, o que em muitas vezes põe em dúvida se são serviços ineficazes ou se são ações poluidoras persistentes.




Ambiental Web 
Rodrigo Brandão 

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domingo, 9 de outubro de 2011

Estudo Científico: Poluição de Resíduos Domésticos - descarte inadequado polui a baia vicentina.

Resíduos depositados pela maré em área de manguezal próxima às palafitas na região de Santos e São Vicente. © Cesar Cordeiro

Os manguezais estão espalhados em 112 países em todo o mundo, tendo uma cobertura de aproximadamente 18 milhões de hectares. No Brasil, contamos com pouco mais de 1,3 milhão de hectares ao longo da costa. E, 14 regiões metropolitanas, das 25 do país, encontram-se em áreas costeiras próximas a estuários, onde estão também os maiores portos e pólos petroquímicos do país.


Além da grande importância ecológica (berçários de peixes e crustáceos, área de alimentação e descanso de aves), tradicionalmente, a ampla utilização dos manguezais abrange atividades de extração de alimento (caça, pesca e cultivo de moluscos) e de madeira para diversos fins (lenha, extração de tanino, construção de casas e utensílios). 

Com a crescente ocupação humana em áreas de manguezais, muitas atividades comerciais vêm aumentando sua importância na exploração dos recursos estuarinos, no entanto, tais práticas ocorrem em escalas superiores às suportadas pelo ambiente, contribuindo em sua degradação.

Apesar da proximidade de grandes centros urbanos a esses ecossistemas e sua inerente fragilidade, poucos estudos ou ações de limpeza têm focado este ambiente, principalmente devido à dificuldade de acesso e de operação nessas regiões. 

Para tentar minimizar este hiato realizamos um estudo para quantificar e descrever os tipos de resíduos sólidos encontrados em manguezais do Complexo Estuarino Santos - São Vicente/SP, uma das áreas mais intensamente urbanizadas do litoral brasileiro, por onde passa aproximadamente 50% do PIB nacional.

Para a realização do estudo foram amostradas oito áreas ao longo estuário nas quais foram coletados os resíduos e caracterizada a vegetação. Além do histórico de pirataria nessas áreas, a facilidade de acesso e localização no estuário foram fatores determinantes no planejamento amostral.



Ao total foram recolhidos 2129 itens, com o peso de 207,5 kg. O peso total dos itens pode parecer pouco para a área amostrada. Contudo, os resíduos com grandes dimensões (sofás, colchões, portas, geladeiras e pneus) não puderam ser pesados no local e não foram incluídos nas análises.

O principal item observado em todas as áreas foi o plástico com 62,8% da abundância total, onde embalagens e sacolas plásticas contabilizaram 51,6% dessa fração. Essa contribuição maciça de itens plásticos não é uma surpresa, uma vez que já é uma das maiores preocupações em escala global. Diversos trabalhos realizados em praias já constataram resultados semelhantes e, o prognóstico em longo prazo não é otimista. A ampla utilização desses polímeros devido à sua versatilidade, baixo custo e durabilidade faz com que permaneçam com alto grau de inserção na sociedade moderna, tornando-os praticamente indispensáveis. 

Tais características também são o motivo pelo qual este tipo de resíduo é tão nocivo ao meio ambiente e, apesar de pesquisas sobre novos materiais, parece não haver nenhum substituto à altura num horizonte próximo.

Diferentemente das praias, em estuários, a ação de ondas e ventos tem pouca influência na distribuição dos resíduos. O principal fator é o fluxo das marés que age varrendo estas áreas, levando e trazendo itens de acordo com a flutuabilidade.

Assim, observando as características das áreas amostradas observamos as maiores quantidade de lixo acumuladas em áreas de baixa declividade. Esta informação é importante no direcionamento de futuras ações de limpeza, facilitando a escolha de áreas prioritárias.

Como observado por outros estudos, o acúmulo de resíduos pode causar problemas estéticos e trazer riscos à saúde de humanos e à biota local. 


Assim, são necessárias ações que considerem o problema dos resíduos despejados irregularmente em áreas naturais, tais como: estabelecimento de políticas educacionais e de conscientização com atividades direcionadas à diminuição do consumo; estabelecimento de programas locais de monitoramente e limpeza das áreas atingidas, auxiliando a mobilização da sociedade organizada; aumento da cooperação entre pesquisadores, sociedade organizada e governo, para a instalação de tais ações; e, regularização das áreas ocupadas às margens dos canais e implementação de serviços de saneamento básico nestas regiões.

**Cesar Cordeiro, biólogo marinho (UNESP), mestre em zoologia (UFPB) e doutorando em biologia marinha (UFF).  veja no link  <<<<


Rodrigo Brandão Azambuja
Ambiental WEB

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Estudo Cientifico: Caranguejos em São Vicente sofrem mutações devido a poluição.

Seu Anacleaute José daSilva se atraca com a toca de um caranguejo-uçá em mangue de São Vicente
  Estudo de Campo: Mangue em mutação - Giovana Girardi - UNESP CIÊNCIA - Setembro de 2010

Há pouco mais de três anos, o biólogo Marcelo Pinheiro estava trabalhando em seu então escritóriona coordenadoria do Campus da Unesp em São Vicente quando recebeuum chamado inusitado.  Um jornal local queria que ele avaliasse um estranho caranguejo-uçá que tinha sido encontradopor um morador da cidade.

Estudioso deste crustáceo desde o finaldos anos 1990, Marcelo se deparoucom algo que de fato nunca tinha visto:um animal com o quelípodo (a popularpinça) na forma de uma “mãozinha”. Aestrutura normalmente tem dois “dedos”, um móvel e outro fixo, mas no lugar deste nasceram cinco pontas.  

Caranguejo 'Mãozinha' tinha cinco pontas na parte fixa 
A análise posteriordo sangue do bicho mostrou que ele não era o “cruzamento de caranguejo com rã” que já povoava a imaginação do morador, mas uma mutação provocada por alguma contaminação. 

Algumas de suas células apresentavam, além do núcleo, vários micronúcleos. “Quando o animal está em estresse ambiental, ele produz essas estruturas,  mas ali encontramos a incidência de 11,5 células micronucleadas por mil analisadas, quando o normal é menos de 4.  Ou seja, a presença dessas células naquele indivíduo era quase três vezes maior que o esperado”, lembra Pinheiro. 


Ameaças : Lixo e vazamento de óleo
são alguns dos impactos sofridos . 
O achado fez o pesquisador questionar se aquilo era somente um evento isolado ou se os manguezais da região de São Vicente e Cubatão poderiam estar sofrendo os impactos dos despejos, que ocorreram no passado, de metais pesados e de outros poluentes no estuário. 



A ideia de investigar a presença dessas substâncias nos caranguejos, porém, ficaria suspensa até este ano. Enquanto estava na coordenação do campus (até 2009), Pinheiro não tinha muito tempo para fazer trabalho de campo, mas chegou a orientar dois trabalhos de conclusão de curso (TCC) de alunos da Biologia Marinha que corroboraram suas suspeitas. 

Um deles observou em caranguejos-uçá (Ucides cordatus) coletados em Cubatão uma incidência de células micronucleadas 2,5 vezes superior à encontrada em animais da Estação Ecológica Jureia-Itatins. 


O segundo estudo mostrou alterações genéticas nos caranguejos expostos a áreas que apresentavam uma maior concentração de metais pesados em São Vicente.



>>> leias mais no artigo em PDF 



Rodrigo Brandão Azambuja
Ambiental WEB 

web jornalismo


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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Projeto Mar Limpo: ação voluntária que visa reduzir a poluição marinha de São Vicente



resíduos flutuantes  na baia vicentina 
Imagem: DECOP.SEMAM-SV

Diante de um problema desolador, a redação acompanha mais uma vez a problemática da poluição na baia e estuário vicentina, pois segue desse mesmo fato, que incomoda moradores da cidade. A poluição gerada por lixo flutuante é um destaque em vários jornais, blogs, assuntos relativos à preservação de rios e mares, o que na realidade para alguns pode não ter importância.

A Poluição da Baia Vicentina vem sendo estudada por diversos profissionais acadêmicos e instituições de ensino superior e assunto de pauta em seminários e discussões em redes ambientais de todo o estado como uma das maiores e mais prejudicada área da baixada santista, isso por ter um histórico de anos com a expansão habitacional principalmente as moradias irregulares em áreas de preservação e de uma imensa riqueza ecológica.

Pois o cidadão que paga seus impostos tem de se orgulhar do trabalho sério feito por profissionais do setor público que agem no controle de poluição, que efetivamente desenvolvido vem diante de toda essa problemática buscando de forma correta conter o volume expressivo referente a carga de lixo flutuante que ocasiona a poluição da baia diretamente às praias e rios da região.

Existe um projeto que vem junto a CETESB, Secr. Meio Ambiente de São Vicente e empresários de embarcações e comércios turísticos marinhos fazendo a mais de 2 anos a coleta de lixo flutuante, é o projeto MAR LIMPO, cujo objetivo é conscientizar as pessoas o que o lixo jogado nas praias e no mar causa à flora e fauna aquática e em especial os materiais recicláveis como garrafas pet, sacos plásticos, vidros e outros. O Projeto MAR LIMPO visa conter o descarte irregular e em muitas vezes ilegal nos rios e manguezais e coletar ao máximo possível esses resíduos impedindo sua decomposição em superfície marinha. 

O Projeto ‘Mar Limpo’ tem o apoio da Marinha do Brasil e a Capitania dos Portos de São Paulo, Sabesp e Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que acaba fortalecendo as ações do projeto em todo o litoral paulista, dando mais seriedade e e de certa forma obtém o respeito da população, pois é uma iniciativa significativa para o município que em muitos casos nesta área de fluência pode ser uma das soluções para um montante de resíduos que acabam se mutuando e formando ilhas de lixo flutuante em alguns pontos inclusive nos rios mais próximos como o Rio Branco e o Mar Pequeno e na região estuarina e em muitos casos acabam indo parar nas praias prejudicando a vida marinha e afetando a balneabilidade.

1 tonelada de resíduos – lixo flutuante 
Lixo Flutuante

As ações do projeto vêm sendo coordenadas pela Secretaria de Meio Ambiente de São Vicente – SEMAM e de acordo nas ultimas ações somam mais de 1 tonelada de lixo flutuante que foi retirada da baia. 

Essa carga deixou de prejudicar de certa forma a vida marinha , podendo gerar a decomposição e poluir mais as praias e o mar, poderiam alguns animais marinhos se alimentarem de sacolas plásticas, comenta o Biólogo Paulo.

‘O serviço de controle vem sendo respeitado e os parceiros que são as marinas e restaurantes também participam das ações em conjunto com esse mutirão de limpeza local, doando sacos plásticos e materiais para a coleta’, comenta o biólogo.

O lixo lançado ao mar é considerado um dos maiores problemas ambientais e um grande desafio. Cerca de 77% dos poluentes despejados vêm de fontes terrestres e tendem a se concentrar nas regiões costeiras, justamente o habitat marinho mais vulnerável - além de também ser o mais ocupado pelo homem.
Mais um projeto é desenvolvido pela secretaria de meio ambiente – Projeto Marinas, as SEMAM em conjunto com a CETESB que visa de forma organizada o ajustamento e adequação de embarcações e os espaços aonde a mudança de canaletas para contenção do óleo das embarcações, espaço apropriado para a coleta de materiais reciclados e algumas medidas de segurança e prevenção de danos que venham causar impacto ao meio ambiente, ‘pois existem produtos que podem contaminar a água marinha e prejudicar até o processo de fotossíntese marinha, ‘comenta Paulo.

O serviço de Controle de Poluição em São Vicente está aberto à população nos dias de 2ª a 6ª, das 8:00 às 17 hs no Complexo Administrativo de São Vicente no 4º andar – SEMAM. O Telefone de contato é 3569 2200. Para mais informações entrar em contato com Rose ou Pinheiro, responsáveis de setor de controle de poluição.

Esperamos que se tenha mais recursos no setor de controle de poluição pois em um trabalho sério e bem respeitado existe seus bons resultados que vem desde a conscientização da população ou dos agentes poluidores e as formas de integrar ações em conjunto que tenham impacto positivo.

Rodrigo Brandão Azambuja
ambiental web


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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Identidade Cultural: Comunidade Pesqueira sofre com poluição da baia vicentina


Comunidade  sobrevive diante da problemática: poluição da baia e estuário
Uma das mais antigas culturas tradicionais da história deste país está perdendo sua identidade, seu espaço - a cultura caiçara - o pescador brasileiro, que em muitos e muitos anos resistiu as pressões do mundo contemporâneo, resistiu a mudança de consumo, a mudança de hábito diante de um mundo mais industrializado, mais globalizado, cheio de tecnologias que ultrapassam as mais tradicionais formas e métodos de sobrevivência que nos mares, nos rios esteve sempre presente, de geração a geração, persistindo em muitos lugares que as vezes até o desenvolvimento não chegou. Neste caso, retratamos nesta notícia um modelo de ativismo pelo qual se tem muito respeito é de Seu Maurício, residente e natural de São Vicente, São Paulo, caiçara por natureza e 'kalunga' como dizem os vicentinos que nascem aqui.

Morador da Rua Japão, a mais conhecida do bairro, onde temos a praia do pescador, um ponto dos mais antigos da cultura caiçara da região. Sua luta dedicada a melhorias em sua localidade pelo qual carrega um valor histórico e cultural, pois se situa nesta baia de São Vicente o marco da pesca nacional, fazendo de Seu Maurício e seus companheiros vítimas de um problema que vem causando muito sofrimento e desolação - o lixo flutuante, descartado de forma inadequada em lugares próximos, seguindo o fluxo da maré, acaba vindo a acumular e poluir as praias, os rios e manguezais da baia vicentina, principalmente a 'praia do pescador'.

Entretanto, mesmo nessa situação, com sua total alegria e experiência, lutou e luta até hoje com seus companheiros, buscando diante do poder público, diante de programas, compondo a linha de frente da comunidade, representando sua cultura em Associações Comunitárias, Colônia de Pescadores, participou da formação da Agenda 21 Local de São Vicente, tentando de toda forma unir os envolvidos a tomar medidas de contenção, a criação de leis municipais importantes para a questão do descarte que causa o problema em sua praia, problema esse quase sem solução, que vem do lado da cidade, no bairro mais próximo de onde a infra-estrutura de coleta urbana é precária, pondo em questão os serviços de coleta urbana e seletiva do município. Na verdade é, o ponto de origem desses resíduos, alega Seu Maurício, é das moradias submersas - as palafitas, situada em uma área de preservação natural - o mangue, berçário da reprodução de espécies marinhas no que em muitas vezes acaba recebendo uma alta carga desses resíduos gerados por moradores.

Sr. Maurício (à esq.) e companheiros de pesca da localidade
A Praia do Pescador perdeu sua balneabilidade em muitos anos, desde o tempo de expansão dessas moradias, que irregularmente despeja seu lixo, resultando na poluição e ocasionando a perda de vida marinha, a perda de peixes a animais marinhos, pelo qual manteve sua cultura em ascensão durante anos, proporcionando a falta de renda de muitos pescadores inclusive do Seu Maurício.

Parece tão simples, mas em toda sua história de vida o que irá contar aos seus netos? Não serão histórias de pescador, que pescou dez tubarões com um só anzol ou uma baleia que fugiu ao lhe ver, pois seriam essas histórias das mais fictícias que vislumbra a mente ingênua de crianças da sua localidade, de sua família, pois na verdade é que Seu Maurício, irá contar o que fez e provavelmente qualquer pescador, amante da pesca e do mar faria, é poder lutar para salvar sua identidade, sua cultura e tradição, salvar sua identidade caiçara.

A região sofre, contudo isso, a poluição, a falta de peixe e pescadores que não conseguem mais ensinar seus netos, ou perdem esse laço, por muitas vezes tentarem buscar sua sobrevivência em outros lugares e outras profissões. Essa realidade, considerando um problema político associado as políticas de habitação e a gestão de resíduos gerados deram a esse cenário uma dimensão alarmante. 'Para os políticos não interessam a remoção ou mudança de tudo isso, gasta muito recurso público e dá trabalho, é o que me parece, pois eu me interesso junto aos meus colegas em salvar minha cultura, minha praia, a minha pesca, pois se foram os anos de glória da nossa comunidade que vive do mar.' Diz o pescador e ativista - Sr. Maurício.

O Ambiental WEB, por mais uma vez visa transmitir a essência de culturas que dependem dos recursos naturais e lutam para que sua cultura não seja apagada e passará a noticiar esse universo com o maior tom da verdade e precisão dos fatos, pois somente valorizando a vida e sua identidade cultural é que podemos proporcionar uma mudança e sensibilizar a sociedade para o caminho do consumo e produção sustentável e o bom uso de nossos recursos, mantendo sobre a mesma problemática a chama da causa ambiental e o respeito a vida e seus cidadãos, simples e capazes de transformar sua realidade.


Rodrigo Brandão Azambuja
ambiental web
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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Lixo Urbano: Um problema de todos quase sem solução.

 São Vicente-SP Imagem Rodrigo B. Azambuja
  veja no google maps

Um problema que agrava mais no país e no mundo. 
O Brasil neste ano já ultrapassou mais de dois milhões de toneladas em relação ao ano passado como consta no estudo divulgado pela Abrelpe, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. 

Segundo a pesquisa, o volume de RSU - Resíduos Sólidos Urbanos gerado em 2010 pela população é 6,8% superior ao registrado pelo Panorama em 2009. 

Foram quase 61 milhões de toneladas de lixo produzidos nos últimos doze meses e o aumento populacional no país não é desculpa para esse crescimento: o estudo mostrou que a geração de resíduos aumentou seis vezes mais do que a população em 2010, o que significa que, no último ano, cada brasileiro produziu, sozinho, uma média de 378 kg de lixo. 

E as más notícias não param por aí: o Panorama concluiu, ainda, que a quantidade de RSU comdestinação inadequada aumentou quase dois milhões de toneladas, com relação a 2009: foram 23 milhões de toneladas encaminhadas a lixões e aterros controlados - que, por não possuírem mecanismos adequados de disposição e armazenamento do lixo, contaminam o solo e a água - contra 21,7 milhões, em 2009. 

A região que apresenta o pior índice de destinação inadequada é a centro-oeste, que encaminha mais de 71% do lixo que produz para lixões e aterros controlados. Em seguida aparece: - Nordeste, com 66%; - Norte, com 65%; - Sul, com 30,3% e - Sudeste, com 28%3, onde situa-se o Estado com menor percentual de destinação incorreta de lixo: SãoPaulo, que é, ainda, o que mais produz RSU no Brasil: são mais de 55 mil toneladas por dia. 

O Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição do ranking, produz cerca de 20 mil toneladas diárias de lixo, muitas vezes são esses produtos são consumidos e descartados e nem a coleta seletiva e a coleta urbana de lixo podem resolver como acontece diariamente em todos os municípios como em São Vicente, (a redação foi até o bairro Catiapoã, na Av. Martins Fontes com rua Aleixo Garcia) e flagrou como de fato o descaso de muitos moradores em insistem em descartar o seu resíduo doméstico, as vezes de forma inadequada na viela como mostra a imagem, proporcionando até a ocorrencia de foco de bichos como ratos, moscas e que comprometem a saúde do mesmo na localidade e a falta de cumprimento do serviço de coleta urbana. Existe uma base de operação da Sabesp [+] ao lado desta viela, que por sinal parece estar bem longe do problema, por ser uma empresa do Estado ligada ao setor de saneamento, deveria de ter em sua política uma certa aproximação direta com a comunidade, sendo até levada em questão as possíveis reivindicações feitas pelos moradores à empresa ou até mesmo a falta de atenção à comunidade. Responsabilidade Social é prestatividade com os contribuintes e cidadãos, principalmente quando envolvem assuntos relacionados a área de saneamento e meio ambiente.  

O Município tem a primeira secretaria da pasta ambiental desde 2009, sendo que em muitos projetos se tornam ineficientes ao mesmo que tal assunto é referente a urbanismo, por falta de ponto de coleta adequado ou da Compania que administra a limpeza urbana, e isto acontece na cidade inteira. Fomos até a secretaria e nos notificaram que somente o secretário pode nos responder de que forma ou qual a problemática e sua solução imediata, mas até agora a redação não foi notificada, iremos retornar ao assunto. 

Esperamos que informações a respeito de utilidade pública seja transmitida aos interessados e envolvidos, pois moradores esperam anos a solução, que por sinal, começa em seus lares. Afinal, entendemos que os serviços urbanos são prestativos, mas que falta um projeto mais eficaz que comunique e eduque sua população e comunidades, para que esse mal do descarte de lixo em áreas urbanas de modo inadequado seja resolvido antes da COPA de 2014, pois o que mostra é muita rapidez do poder público em lançar um plano que atinja municípios em tempo recorde, pois aqui no Brasil, tudo fica pra última hora e acaba os municípios recebendo toda responsabilidade e muitos nem verba para a pasta ou orçamentos o aumento para os serviços ainda foram inclusos. Seria um plano vindo de uma lei para Inglês ver?

Dados - fonte: Planeta Sustentável/ABRIL


ambiental web
Rodrigo Brandao MTB: 50.025/SP









sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Lixo Flutuante ainda perturba moradores Vila dos Pescadores em São Vicente

> Lixo acumulado em frente a orla da praia dos pescadores
Imagem: Rodrigo Brandão Azambuja
street view
A problemática em relação ao estado crítico da Vila dos Pescadores, em São Vicente ainda continua, o que ocorre em anos de um histórico de poluição causado por lixo flutuante incomoda a comunidade local, pelo qual, reivindicam de várias formas e utilizam meios que quase ineficazes. 


A Redação foi até o local e testemunhou o depoimento de moradores como o Sr. Petrúcio, que mora a mais de 25 anos, relatou que 'a falta de adequação da coleta urbana acaba mutuando lixo nas proximidades do mangue que acabam entupindo esgotos em épocas de chuva, e em que muitas vezes vão parar no mar'. E completa  dizendo que ' em muitas vezes em época de eleição, os candidatos utilizam dos problemas da localidade para se promoverem em cima do problema, e quando ganham as eleições, não cumprem nada!". 


Por essa razão, em outros pontos, onde se encontram marinas de embarcações particulares se tem a reclamação dos proprietários e funcionários como o Sr. Lisboa, da Marina Alfredo's, dizendo que 'quando a maré está cheia, inunda a rua, e os lixos do mangue passam a entupir as tubulações de esgotos que acabam entrando para as mesmas. Não existe solução, pois é muito lixo acumulado embaixo da água do mar e da lama do mangue'.


> Marina de pescas e embarcações particulares
Imagem: Rodrigo Brandão Azambuja
street view
O Ambiental WEB procurou o Órgão de Meio Ambiente responsável pelo setor do Departamento de Controle de Poluição Municipal, o Sr. Antônio Pinheiro, Chefe do setor alegou que "existem projetos que compõe uma busca á solução dos problemas diante da realidade em reduzir o volume através da conscientização da comunidade e educação ambiental nas escolas, e por isso, a Secretaria de Meio Ambiente desenvolve o projeto Mar Limpo, que é feito por embarcações voluntárias que recolhem esse volume de lixo flutuante na Baia e no Estuário".


A situação não agrada os moradores pelo fato de em muitas vezes o poder público se torna em seus programas e projetos ineficazes diante do problema que vem de origem das moradias submersas - palafitas que seguem o curso do rio e deságua no mar, mantendo na orla todo o volume que deveria ser em muitas vezes reciclado e reutilizado sem agredir o meio ambiente e a fauna e flora marinha.  


O Ambiental WEB irá mostrar diante dos acontecimentos, imagens, dados e fatos que mostram ineficiência de um lado, que muitas vezes são impedidos por falta de verba para a limpeza do local e o que acaba afetando direto as praias da cidade e por outro lado, a falta de respeito vinda por moradores ou agente poluidores que bem ou mal, não sabem a dimensão do que realmente existe mutuado na superfície e no fundo do mar.


Essa região mostra evidências de que existe um histórico relevante aos anos de expansão urbana e gestão dos resíduos no município, hoje fruto das políticas públicas de meio ambiente.


Rodrigo Brandão Azambuja
ambiental web


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